Arqueologia
O Projeto Ilhas do Rio realizou, nas fases anteriores, um estudo arqueológico de prospecção de áreas de interesse com a localização de sítios arqueológicos e identificação de dados culturais sobre as populações na região do Arquipélago das Cagarras e Ilha Redonda, além da proposição de limites para preservar a Unidade de Conservação.
Em 2011, em uma expedição do projeto à Ilha Redonda, um grupo de pesquisadores se deparou com um achado inesperado! Após o difícil desembarque na ilha e um trecho de escalada em rocha de cerca de 80 metros, com inclinações até 55º, pouco antes do limite da rocha com a floresta, foi encontrado na superfície do solo um machado de pedra, em meio aos ninhais de atobás. Em seguida, mais artefatos apareceram: outro machado, uma mão de pilão, diversos “quebra-coquinhos” e dezenas de cacos de cerâmicas.
Em março de 2012, foi realizada uma segunda visita à Ilha Redonda, agora com a presença da pesquisadora Rita Scheel-Ybert, arqueóloga do Museu Nacional, permitiu o reconhecimento de um sítio arqueológico Tupiguarani. O sítio foi registrado no Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Na atual fase do projeto, devido às limitações orçamentárias, essa linha de pesquisa encontra-se em fase de busca de apoio. Espera-se retomar esse objeto de pesquisas arqueológicas a fim de esclarecer as inúmeras questões levantadas sobre a importância e o significado destes vestígios.
O Projeto é realizado pelo Instituto Mar Adentro e patrocinado pela Petrobras através do PrTexto adaptado do capítulo “Cariocas da gema: evidências de presença humana na Ilha Redonda no período pré-colonial”, de autoria de Rita Scheel Ybert, Angela Buarque e Rogério Oliveira, do livro “História, Pesquisa e Biodiversidade do Monumento Natural das Ilhas Cagarras, publicado pelo Projeto Ilhas do Rio.ograma Petrobras Socioambiental.