Ilhas do Rio e ABLM de olho no microplástico

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O Projeto Ilhas do Rio, através do Instituto Mar Adentro, com  correalização da Associação Brasileira de Combate ao Lixo no Mar – ABLM,  iniciou uma nova linha de pesquisa focando na presença e dispersão de microplásticos nas Ilhas Cagarras e Águas do entorno. O estudo visa diagnosticar a contaminação por microplástico na região, gerando dados para subsidiar políticas públicas que contribuam para a proteção dos ecossistemas e organismos que vivem ou transitam por essa área, bem como da população humana que interage com ela.

Microplásticos são pequenas partículas de plástico que medem menos de 5mm. Eles são gerados a partir da degradação de materiais plásticos maiores, como sacolas, garrafas e outros tipos de embalagens, ou são produzidos intencionalmente como microesferas utilizadas em cosméticos, por exemplo. Infelizmente, a presença de microplásticos no meio ambiente tem sido cada vez mais ampla e preocupante. Eles podem ser encontrados em rios, no oceano, no solo e até mesmo no ar que respiramos. Além disso, eles são ingeridos por animais marinhos, como mexilhões, peixes e tartarugas, e podem se acumular em seus tecidos, sendo depois ingeridos pelo ser humano, com consequências ainda desconhecidas para a ciência.

Estudos recentes já registraram que o sedimento da plataforma continental interna do Rio de Janeiro apresenta altas concentrações de diferentes tipos de microplástico. No entanto, existem lacunas de conhecimento sobre o perfil dos microplásticos prevalentes nas fontes que atingem as Ilhas Cagarras e Águas do Entorno. Por isso, este estudo busca compreender a dinâmica de transporte dessas partículas na região, bem como  fazer um diagnóstico inicial dos microplásticos nas águas e sedimentos próximos às Ilhas Cagarras e às suas principais fontes de contaminação, como o emissário submarino de Ipanema, por exemplo.

Ao final da pesquisa a ideia é desenvolver um modelo hidrodinâmico para entender como os microplásticos chegam ao MONA Cagarras e entorno, discriminando a contribuição de cada uma das fontes estudadas, além de também identificar os tipos de plásticos que mais prejudicam a região. Também queremos fornecer informações para que governantes possam criar leis e normas para lidar com o problema e sensibilizar a sociedade sobre a relação entre o consumo e o impacto ambiental. Por fim, pretendemos ainda ajudar a estabelecer um programa de monitoramento permanente de microplásticos nas áreas costeiras e marinhas do Rio de Janeiro.

Este trabalho foi elaborado com recursos do Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta celebrado entre o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e a Petrobras, com a interveniência do FUNBIO, no âmbito do Inquérito Civil nº 1.30.001.000486/2019-08

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