Frutos da pesquisa e restauração florestal nas Ilhas Cagarras

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Desde o início de suas atividades, em 2011, o Projeto Ilhas do Rio tem como foco em uma de suas linhas de pesquisa a flora do Monumento Natural das Ilhas Cagarras. Além de realizar o inventário das espécies encontradas, os pesquisadores também começaram a testar metodologias adequadas para o controle de espécies invasoras, especialmente o capim-colonião (Megathyrsus maximus) na Ilha Comprida. De origem africana, o capim-colonião age de forma devastadora onde se instala, matando a vegetação nativa. 

O experimento pioneiro em ilhas costeiras tem como principal objetivo devolver à ilha sua flora original e eliminar o capim, que representa grande perigo de incêndio, por ser de fácil combustão, e acaba com a biodiversidade local. Desde 2014, foram plantadas mais de 350 mudas de quatro espécies nativas. A aroeira (Schinus terebinthifolius) é a espécie que apresentou melhor resultado até hoje, crescendo como árvores de até 3 metros e já proporcionando uma boa sombra em seu entorno. Estas sombras, além de servirem de ponto de descanso para os pesquisadores durante as saídas de campo, também impedem o crescimento do capim, dando oportunidade para as sementes das plantas nativas germinarem e crescerem naturalmente no local. 

E o crescimento das árvores nativas já dão outros frutos, literalmente. Os frutos das aroeiras já haviam sido observados durante outras saídas de campo da equipe de pesquisa. Agora, durante o mês de janeiro, uma nova e grata surpresa: a presença do ninho de uma ave em uma das árvores que foram plantadas há alguns anos pelo Projeto Ilhas do Rio. Motivo de celebração pelo pesquisador do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e coordenador da pesquisa com flora do Projeto Ilhas do Rio, Massimo Bovini:

 

“Frutos nas árvores já sabíamos, agora ninhos?? Vamos festejar!!” 

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