No próximo dia 23 de outubro, o Projeto Ilhas do Rio participa junto com outras instituições do Seminário Entre mar e terra – Impactos e propostas de recuperação, Dois países frente a frente. Por meio da mediação do Prof. Roberto Vilaça (UFF) o seminário vai apresentar as contribuições das diversas entidades brasileiras envolvidas incluindo a do renomado especialista Mario Moscatelli, biólogo, ecologista e especialista em gestão e recuperação dos ecossistemas costeiros degradados. Moscatelli é responsável pela elaboração e execução dos maiores projetos de recuperação de mangues da região metropolitana do Rio de Janeiro;
O pesquisador Sérgio Santos apresentará os estudos realizados pelo AquaRio em colaboração com o Laboratório de Biologia e Tecnologia Pesqueira da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O resultado demonstrou o progresso alcançado em duas frentes: a sensibilização das comunidades de pescadores tradicionais em relação ao impacto da pesca e a mudança de postura destes importantes participantes em relação às atividades que realizam, com uma atenção particular à pesca em áreas cercadas, modalidade praticada na região desde os tempos coloniais.
A pesquisadora e bióloga marinha Liliane Lodi, do Instituto Mar Adentro, apresentará o trabalho “Projeto Ilhas do Rio: Pesquisa aplicada para a conservação do litoral do Rio de Janeiro, com ênfase nos cetáceos”. Principais resultados sobre a geração de subsídios técnico-científicos em consonância com os Planos de Ação de Pesquisa e de Uso Público previstos no Plano de Manejo do Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas Cagarras (MONA Cagarras) que contribui com o seu processo de consolidação, gestão e manejo, bem como a conscientização e a sensibilização a sociedade sobre a importância da conservação ambiental e do uso sustentável de recursos.
O seminário será aberto com a contribuição dos dois pesquisadores italianos ISPRA, Michela Angiolillo e Marco Pisapia, que apresentarão os organismos que povoam as “entranhas” do Mediterrâneo entre os 50 e 70 metros de profundidade. Este tema fascinante e surpreendente será o foco da mostra fotográfica “Cores profundas do Mar Mediterrâneo”, realizada pelo Istituto Italiano di Cultura, no Museu Naval do Rio de Janeiro, que será inaugurada no dia 23 de outubro de 2023 e permanecerá aberta ao público até o dia 18 de fevereiro de 2024.
A exposição pretende ser uma viagem pelas profundezas do Mar Mediterrâneo, explorando a descoberta dos organismos que o povoam, de florestas de corais, de uma rica fauna, mas também dos perigos que a atingem. O ROV (Remotely Operated Vehicle), um sofisticado robô controlado remotamente, capaz de navegar nas proximidades do leito do mar até grandes profundidades, trouxe à luz ambientes extraordinários e inesperados em sua beleza e riqueza de espécies. As explorações, em mais de 900 pontos de mergulho ao longo dos mares da Itália, revelaram a presença de verdadeiros pontos de alta biodiversidade. A tecnologia atual, portanto, permitiu observar ao vivo, diretamente no local, esses ambientes, mergulhar neles para estudar de perto a composição, as interações e a diversidade.