O Ilhas do Rio promoveu no dia 4 de dezembro de 2025 um encontro enriquecedor que destacou o poder da ciência cidadã e da tecnologia na conservação marinha. Organizado por nossa pesquisadora de cetáceos, Dra. Liliane Lodi, a palestra sobre “Monitoramento de Cetáceos com Drone em Arraial do Cabo” trouxe à tona o trabalho inovador dos pilotos Marcelo Gah e Felipe Peixoto, referências na captura de imagens aéreas da vida marinha na região.
Desvendando os Segredos Marinhos de Arraial do Cabo
Marcelo Gah iniciou a sessão com uma verdadeira visita guiada, apresentando um detalhado mapa de Arraial do Cabo. O público foi conduzido pelos melhores pontos de observação de cetáceos da região, explorando a localização de praias e as rotas mais frequentes de baleias e golfinhos. Gah também revelou a localização estratégica de seu ponto fixo de observação, a 45 metros acima do nível do mar, de onde realiza suas capturas espetaculares.
A apresentação de Gah foi um verdadeiro espetáculo visual, com uma impressionante coletânea de imagens de cetáceos e outras espécies da megafauna marinha registradas na área. Foram exibidos flagrantes de baleias-jubarte, baleias-de-bryde, baleias-minke-anã, baleias-fin, cachalotes, baleias-franca-austral, orcas, falsa-orca, golfinhos-nariz-de-garrafa, golfinhos-de-dentes-rugosos e golfinhos-comuns-de-bico-curto. Além desses mamíferos, a riqueza da biodiversidade local foi evidenciada com registros de raias-ticonha, pinguins-de-magalhães, tubarões-martelo, tubarões-baleia, lobos-marinhos, tartarugas-de-couro, peixes-lua, raias-chita e raias-manta.
Para potencializar as observações, Gah compartilhou uma valiosa dica: a importância de manter contato constante com aqueles que estão no mar – pescadores, barqueiros, moradores, turistas e amigos, além de acompanhar as redes sociais. Essa colaboração contínua forma uma eficaz rede de monitoramento, otimizando as chances de avistamentos.
A Tecnologia a Serviço da Conservação
Em seguida, Felipe Peixoto revelou os bastidores tecnológicos por trás dessas “imagens mágicas”. Ele demonstrou como os drones permitem uma observação aérea relativamente próxima e, crucial, de maneira não invasiva, minimizando qualquer impacto sobre a vida marinha. Peixoto compartilhou sua experiência e ofereceu orientações sobre o modelo ideal de drone para esse tipo de captura, tanto em operações em terra firme quanto embarcadas.
As imagens de alta qualidade captadas pelos drones em Arraial do Cabo tornaram-se um recurso fundamental para os pesquisadores. Elas subsidiam a análise de hábitos e padrões de reprodução das espécies, fornecendo dados cruciais para estudos de longo prazo. Essa é a essência da Ciência Cidadã em ação, transformando a coleta de dados e o monitoramento da vida marinha através da colaboração e da inovação tecnológica.
A iniciativa reforça o compromisso do Ilhas do Rio com a pesquisa e a conservação, demonstrando como a participação da comunidade pode gerar conhecimento valioso para a proteção do oceano.
Quer fazer parte dessa rede? Participe das próximas palestras e junte-se ao nosso grupo de monitoramento.
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