Desde o início, o Projeto Ilhas do Rio mantém estreita relação com pescadores artesanais do Rio de Janeiro, principalmente os ligados à Colônia Z-13, que inclui a região de Copacabana e Lagoa Rodrigo de Freitas. Entre 2011 e 2015, o Projeto Ilhas do Rio realizou na Z-13 um levantamento de informações sobre produção pesqueira e de parâmetros biométricos e biológicos de espécies desembarcadas na colônia, com ênfase nos organismos que interagem de forma mais próxima com o MONA Cagarras.
A partir do segundo semestre de 2022, o foco dos trabalhos passou a envolver a sensibilização sobre a captura de espécies ameaçadas. O objetivo desta atividade é realizar o inventário das espécies ameaçadas e/ou sob algum tipo de medida de gestão que porventura sejam capturadas no entorno do MONA Cagarras. A partir deste inventário, elaborar e disponibilizar materiais de comunicação e realizar ações de sensibilização dos pescadores associados à Colônia Z13 e demais atores da cadeia produtiva da pesca para a incorporação de melhores práticas na atividade pesqueira..
A iniciativa visa trazer informações claras das normativas em vigor sobre a pesca no Rio de Janeiro, bem como no âmbito nacional, de forma a empoderar os pescadores com o conhecimento sobre as espécies que ocorrem na região. Os resultados obtidos para com esta atividade representam um esforço inicial para colaborar com a recuperação dos estoques pesqueiros e manejo das espécies identificadas, além de serem importantes na qualificação dos pescadores, evitando a captura de espécies proibidas, prevenção de multas e sanções em eventuais ações de fiscalização das autoridades ambientais.
Entre os pescadores das três principais colônias que utilizam a região do entorno do MONA Cagarras (Copacabana, Jurujuba e Itaipu), é unânime a opinião de que a quantidade do pescado tem diminuído, indicando a necessidade de adoção de novas estratégias de gestão das pescarias praticadas.
