O capitão Paul Watson, fundador da ONG Captain Paul Watson Foundation, da Sea Shepherd, e do Greenpeace, um renomado ambientalista marinho, foi preso pela polícia dinamarquesa neste domingo, 21 de julho, em Nuuk, na Groenlândia, enquanto fazia escala com seu barco para reabastecer. Paul Watson e sua tripulação estavam indo para o Pacífico Norte para impedir que o navio japonês Kangei Maru matasse baleias.
Paul Watson está detido até 15 de agosto, enquanto o governo dinamarquês decide sobre o seu destino. Ele agora corre o risco de ser extraditado para o Japão, já que foi o país que emitiu um mandado de prisão internacional contra ele em 2012 por “conspiração de embarque”. Na realidade, as autoridades japonesas acusam-no de ter defendido as baleias contra a frota baleeira japonesa durante décadas.
Desde o início de sua trajetória na defesa do oceano, Paul adotou uma abordagem de ação direta contra a caça às baleias, sempre não violentos, respeitando as leis marítimas e de conservação internacionais, como a proibição internacional da caça às baleias de 1986. Apenas três países decidiram continuar ilegalmente esta prática vergonhosa: Japão, Noruega e Islândia.
O Projeto Ilhas do Rio manifesta também sua indignação pela prisão de um homem que dedicou a sua vida à proteção de animais ameaçados de extinção a pedido de um Estado que não respeita a lei. O Japão utiliza o “aviso vermelho” da Interpol, originalmente criado para rastrear criminosos e assassinos internacionais, para reprimir uma pessoa que se opõe a eles para proteger a vida selvagem crucial para a saúde do oceano e do planeta. A extradição de Paul Watson para o Japão seria uma sentença de morte para ele. Aos 73 anos e pai de três filhos, ele ficaria ali adoecendo por até 15 anos, limite da pena de prisão no país.
Por isso, compartilhamos aqui a petição pedindo por sua liberdade! ASSINE AQUI
A mobilização da sociedade civil é fundamental para evitar que o Japão silencie para sempre o principal defensor de baleias no mundo.