Arte e cultura para a conservação ambiental

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O Projeto Ilhas do Rio levou uma série de atividades ao GEO Escola Municipal Felix Mielli Venerando que culminou com a pintura de um dos muros da escola no mês de abril com uma obra que destaca a importância da proteção da biodiversidade e as ameaças a que a vida marinha está sujeita. GEO é a sigla para ginásio experimental olímpico, criado na época das olimpíadas no Brasil para incentivar a prática esportiva nas escolas. E a E.M. Felix Mielli Venerando é uma escola municipal que atende as crianças do fundamental II e ensino médio e fica na zona portuária do Rio de Janeiro.

O trabalho começou em novembro de 2022, com uma exposição do projeto na escola e apresentações da equipe de educação ambiental. Mais de 400 crianças participaram das atividades e, a partir disso, a escola ficou interessada em fazer um mutirão de limpeza de praia, que foi realizado em parceria com o Rei e Rainha do Mar, com uma turma do sexto ano nas areias de Copacabana. “Tinha, portanto, mais do que uma proposta de atividade isolada com esta escola, mas sim um processo educativo e de engajamento de toda a comunidade escolar”, diz a coordenadora de educação ambiental do Projeto Ilhas do Rio, Renata Santos Gomes. Ela ainda completa: “Como é uma escola grande e não só a coordenadora, mas também mais de um professor ficou empolgado com a iniciativa, a escola como um todo acabou abraçando o projeto. Assim, conseguimos levar a ideia da pintura do muro adiante”.

O local escolhido foi um grande muro lateral da escola, com cerca de 40 metros de extensão por quase três de altura, próximo ao ginásio, onde as crianças passam logo que saem das salas. Num primeiro momento, o artista plástico Marcelo Melo fez uma conversa com as turmas do sexto ano, que ficaram sabendo da intenção com a proposta, as ferramentas e o simbolismo que ele usou por trás daquele desenho que seria grafitado na parede. “Esses jovens acabaram sendo agentes multiplicadores das informações dentro da própria escola”, conta Renata. 

Segundo o artista plástico, Marcelo Melo, o nome da obra é “Protesto” e representa a biodiversidade das Ilhas do Rio sob a ameaça da poluição e da pesca predatória: “É um legado para a escola com a possibilidade de sensibilizar a comunidade escolar por um longo período de tempo, um local de exibição e contemplação”. Mais do que a arte no muro, a presença do artista na escola durante as duas semanas em que a obra foi desenvolvida também representou uma ocupação importante. Com isso, vários estudantes se interessaram, alguns meio a distância, com o que estava acontecendo. “Alguns estudantes disseram que ficavam olhando lá de cima, pela janela, o que eu estava fazendo”, conta o artista. Marcelo também conseguiu perceber que aquele muro, em determinado momento do dia, produz uma sombra em que as crianças acabam indo pra passar o tempo e pra conversar. “É um espaço de convivência na escola”, completa.

“A gente estimou em 400 crianças diretamente sensibilizadas pelas atividades que realizamos na escola, mas, na verdade, tem bem mais gente envolvida, já que isso inclui também os professores, responsáveis, trabalhadores da escola etc. E a obra connsegue trazer a representação de algumas espécies super importantes no MONA Cagarras, então fala de biodiversidade, fala do impacto do lixo, da pesca predatória, de educação e fala também de tempo. O quanto o tempo é importante para a gente agir. E eu acho que ele conseguiu botar tudo ali na arte dele nesses 40 metros de muro”, completa Renata Gomes. 

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