Depois de sete anos, pesquisadores do Projeto Ilhas do Rio voltaram ao cume da Ilha Redonda, no Monumento Natural das Ilhas Cagarras, para revisitar o sítio arqueológico descoberto no início das pesquisas do projeto, além de dar sequência às coletas de dados sobre os mamíferos terrestres (e voadores) e da flora das ilhas.
A expedição ao cume da Ilha Redonda envolveu uma preparação cuidadosa, tanto com relação aos equipamentos que precisam ser levados quanto à equipe. Todos os membros da expedição passaram por um treinamento em técnicas de escalada e rapel para que tudo fosse feito com segurança. Além disso, era necessário uma janela de pelo menos três dias de bom tempo e condições favoráveis do mar para que o desembarque na ilha ocorresse de forma tranquila.
Com a equipe toda treinada e a previsão favorável, no final do mês de maio finalmente os pesquisadores partiram rumo a maior e mais misteriosa ilha do arquipélago. Apesar de ser a mais distante do continente, a Ilha Redonda é uma das que mais chama a atenção por seu tamanho e formato. Talvez essa imponência tenha levado, ainda no século XV, alguns indígenas a enfrentar as águas do oceano e a subida íngreme de seus paredões de rocha para chegarem ao seu cume. No sítio arqueológico encontrado pelos pesquisadores, fragmentos de cerâmica indicam que o local pode ter sido usado para rituais ou cerimônias sagradas e uma espécie de batata-doce, que não é nativa da ilha, foi identificada como tendo sido introduzida por esses mesmos indígenas, tanto para alimentação quanto para estes possíveis rituais realizados.
A expedição foi acompanhada por uma equipe da TV Glogo, que produziu duas reportagens exibidas no RJTV. Veja abaixo: