O Plano de Uso Público e a atividade turística no MONA Cagarras

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Dia 27 de setembro foi celebrado o Dia Mundial do Turismo. Por isso, destacamos um tipo de turismo que tem relação muito próxima às atividades desenvolvidas pelo Projeto Ilhas do Rio, o ecoturismo. Segundo a Embratur, o ecoturismo é um segmento da atividade turística que visa utilizar de forma sustentável o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações.

As Ilhas do Rio recebem turistas de diversas partes do mundo e as pesquisas do projeto buscam oferecer aos órgãos gestores das áreas protegidas informações para a elaboração de documentos como o Plano de Manejo e o Plano de Uso Público, que auxiliam na ordenação das atividades turísticas realizadas dentro do Monumento Natural das Ilhas Cagarras. O objetivo dos gestores da Unidade de Conservação é que as atividades realizadas sejam de fato reconhecidas como atividades de ecoturismo, que baseia-se numa premissa mais ampla do que apenas o turismo na natureza, que pode ser explicada pelo pesquisador Paulo dos Santos Pires: “O ecoturismo, ao voltar-se para ambientes naturais e culturas autóctones, deve comprometer-se com a sustentabilidade ambiental, social, cultural e econômica de todos os segmentos sociais envolvidos, deve proporcionar educação ambiental e despertar a consciência ecológica, além de contemplar a participação ativa das comunidades locais, critérios estes que uma vez não perseguidos na prática subtraem a dimensão ecológica do ecoturismo tornando-o apenas turismo na natureza”

O Plano de Uso Público, publicado em março de 2021, é um documento técnico não normativo e programático que contempla as estratégias, diretrizes e prioridades de gestão, com o objetivo de estimular o uso público, orientar o manejo, aprimorar as experiências e diversificar as oportunidades de visitação na unidade de conservação. A proximidade do MONA Cagarras de grandes centros urbanos como as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, e sua vocação natural como centro de lazer, sempre foram fatores de facilitação a seu acesso. No entanto, os registros de visitação são escassos, e só começaram a ser obtidos a partir de 2019, quando 755 visitas foram registradas em dez saídas de campo. Em 2020, foram registrados 2404 visitantes em 27 saídas de campo. E em 2021, até o momento, foram registrados 1515 visitantes em 22 saídas de campo.

O registro regular do número de visitantes é importante porque permite avaliar com mais precisão os impactos negativos da visitação desordenada. 

  • Nos ambientes marinhos:

1- Ancoragem de embarcações em áreas sensíveis do fundo;

2- Contato acidental com a fauna marinha bentônica, que são organismos que vivem associados ao fundo;

3- Introdução e ou dispersão de espécies exóticas;

4- Geração de ruído e resíduos através da pesca ostensiva no entorno. 

  • Nos ambientes terrestres:

1- Pisoteio da vegetação;

2- Presença de resíduos sólidos;

3- Restos de fogueiras;

4- Introdução de espécies exóticas. 

O zoneamento da UC é uma das estratégias adotadas pela gestão para tentar minimizar os impactos negativos. Cinco zonas foram criadas dentro da MONA Cagarras com usos diferenciados, com o objetivo de instituir um ordenamento territorial para seu gerenciamento. Algumas principais normas de uso do MONA e seu entorno incluem as seguintes diretrizes: 

  • Proibido o uso de drones com fins recreativos;
  • Proibida emissão de atividade sonora acima de 80 decibéis;
  • Proibida a utilização de fogo para fins recreativos;
  • Proibido o descarte de resíduos. 

Algumas dessas atividades podem ser realizadas desde que não sejam para fins recreativos e mediante autorização da gestão da UC. Para saber as regras completas sobe pesca, eventos, esportes e passeios, consulte o documento completo que está disponível para consulta aqui nesse link.

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