As atletas campeãs do Rainha do Mar, uma das principais competições de natação em águas abertas do Brasil, tiveram uma experiência especial no Dia Mundial da Água, em 22 de março: um passeio educativo até o Monumento Natural (MONA) das Ilhas Cagarras, promovido pelo Projeto Ilhas do Rio. A ação celebrou não apenas a conexão entre esporte e conservação marinha, mas também duas datas importantes: os 13 anos de criação do MONA Cagarras (13 de abril), os 14 anos do Projeto (19 de abril) e os 4 anos da nomeação da região como Ponto de Esperança (Hope Spot) das Ilhas Cagarras e Águas do Entorno (16 de abril).
O Rainha do Mar acontece anualmente nas águas da orla carioca, justamente dentro da área reconhecida internacionalmente como Hope Spot pela Mission Blue, iniciativa da renomada oceanógrafa Sylvia Earle. Esse título destaca ecossistemas marinhos críticos para a saúde do oceano, reforçando a importância da proteção local – incluindo as praias onde os nadadores competem.
Durante o passeio de barco, as atletas puderam conhecer de perto a biodiversidade do MONA Cagarras, que abriga espécies como fragatas, atobás-marrons, golfinhos, baleias, além de diversas espécies de peixes, corais, esponjas, entre outras. Educadoras do Projeto Ilhas do Rio explicaram a importância da unidade de conservação, criada em 2010 para proteger esse santuário ecológico a apenas 5 km da Praia de Ipanema.
O Hope Spot das Ilhas Cagarras e Águas do Entorno foi oficializado em 2021, ampliando o olhar sobre a necessidade de conservação não apenas das ilhas, mas também do entorno marinho, que sofre pressão da poluição e da pesca irregular, reforçando a importância de políticas públicas e ações comunitárias para proteger esse patrimônio natural.
Enquanto as campeãs do Rainha do Mar levam para casa medalhas e histórias, o convite fica: cuidar das águas onde competem é também garantir que o Rio continue sendo um ponto de esperança para o oceano.